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[Parte 3 - Final] Diário de um Copywriter: Os Dias Nômades na Argentina

CopyLetter – Edição #019 (Entre caricaturas y el sentido de la vida)

“El viajero que descubre el mundo, lo trasforma y se transforma a sí mismo"

Hoje é o capítulo final desta trilogia de viagem.

Depois de quase duas semanas rodando em solo argentino, agora é a hora de ir para os últimos picos desta trip e, então, seguir o caminho de volta em direção ao Brasil. 

Diferentemente de Jack Kerouac, que escreveu seu clássico “On The Road” em apenas três semanas, eu tive que separar algumas semanas para escrever esses três “capítulos” deste Diário de Viagem.

Entrevistado no programa de Steve Allen, um dos talk-shows mais famosos da TV americana, ele garantiu que havia passado sete anos na estrada' e levara apenas três semanas para escrever tudo. 

O apresentador, sardônico, rebateu afirmando que, se por acaso passasse três semanas na estrada, precisaria de sete anos para escrever o livro…”

On The Road: Pé na Estrada

De fato, quando passamos mais tempo na estrada, mais fértil e solta fica a nossa escrita (ainda mais com os vinhos argentinos).

Bom, se você chegou aqui somente agora, no prob!

Recomendo que você leia as duas edições anteriores:

(Atenção: este e-mail ficou um pouco mais pesado por conta das imagens inseridas, então recomendo que você “clique aqui para ler online")

Dia 8 - Chegada a San Salvador de Jujuy

Depois de um almoço farto em Cachi, regado a muito vinho…

E de cruzar o deserto com cactos gigantes em Los Cardones… 

Além de enfrentar vento, chuva, frio e altitude nos quilômetros seguintes…

Finalmente, chegamos a San Salvador de Jujuy. 

Reservamos duas diárias para descansar com estilo e conforto, com direito a mais vinho, bom rango e piano — só faltaram os pianistas Henrique (HC) e Bruno para tocarem o repertório do Mastermind Heroes.

Mas nem só de boa comida e vinho vive o homem…

Eu me dividi entre outros dois ambientes, montando o meu “acampamento” no quarto e no café do hotel, tudo para continuar escrevendo as últimas peças que faltavam para as campanhas do mês de janeiro.

Quanto maior o caos e a ansiedade, melhor. 

Gosto de escrever com essa sensação de estar lutando contra o relógio minuto a minuto.

Acredito que muitos escritores e copywriters se beneficiam dessa magia do caos para dar vida a seus textos.

Assim como Jack Kerouac, escreveu seu clássico em três semanas, especificamente entre 9 e 27 de abril de 1951, num rolo de papel, datilografando alucinadamente doze mil palavras, quatorze horas por dia.

San Salvador de Jujuy foi o nosso porto seguro para descansar, usar o wi-fi (que falhava no quarto), mas foi primordial para seguirmos viagem em segurança, dirigindo descansados.

Dia 9 - San Salvador de Jujuy > Purmamarca y Salinas Grandes

Saímos cedo para aproveitar o dia na estrada em duas paradas estratégicas: 

  1. Pumamarca;

  2. Salinas Grandes.

O nosso destino deste trajeto será em Tilcara, cidade que fica mais alguns metros acima do nível do mar.

Pumamarca

Enquanto subíamos os morros com o cenário desértico, acreditando que o caminho estaria livre para nós, fomos acachapados com vários ônibus de turismo na rota.

Uma das primeiras paradas para vermos a vista foi aqui, longe dos inúmeros turistas…

E em um vídeo quase secreto no YouTube, descobrimos que no meio desta rota haveria um lugar que teria uma porta escondida no meio das rochas.

Acredita-se que é um lugar mágico e somente as pessoas mais iluminadas conseguem ver essa porta ao longo do percurso.

Para te ajudar, deixarei abaixo a foto dessa “porta”, espero que você não compartilhe com muita gente e mantenha esse mistério no ar. 

E claro, quando passar por aqui, não hesite em parar o carro e conferir este lugar mágico. 

Mais alguns quilômetros acima não teve como fugir dos ônibus de turismo…

Havia muita fila para tirar foto de um dos marcos que apontavam a quantos metros de altitude estávamos…

Enquanto o pessoal fazia filas para bater a foto em uma pedra com letreiro de 4.170 metros de altitude…

Eu enfrentava uma fila para comprar mais balas de coca. 

Ou melhor dizendo: caramelo de coca.

Com o carro carregado de coca (desculpa, não pude evitar o trocadilho legal do ilegal), seguimos viagem mascando os nossos caramelos para aliviar o efeito da altitude. 

O nosso próximo destino seria Salinas Grandes — o deserto de sal.

Salinas Grandes

Antes de chegarmos aqui, ficamos uns dois dias trocando ideias sobre duas possibilidades:

1. Cruzarmos a fronteira em sentido a San Pedro de Atacama, no Chile.

OU 

2. Irmos até o Salar de Uyuni na Bolívia.

Consideramos a possibilidade de cruzar de carro ou então seguir com guias da região. 

Mas resolvemos abortar essas ideias e voltaremos numa próxima somente para isso: Atacama + Salar de Uyuni. 

Confesso que me surpreendi muito positivamente com Salinas Grandes… 

⁣⁣⁣Com uma altitude média de 3.500 metros acima do nível do mar e cerca de 350 km de extensão, essa região tem aproximadamente 10 milhões de anos desde a sua formação (absurdo).

É considerado um lugar sagrado para as comunidades locais, especialmente porque possui nascentes de água doce.

Infelizmente, essa região faz parte do chamado “Triângulo do Lítio”, que desperta a cobiça de mineradoras do mundo inteiro.

A comunidade local tenta resistir e lutar pela conservação da região, mas a corrida violenta pelo “ouro branco” parece imparável.

Para quem visita, é possível participar de um abaixo assinado a favor da preservação do local.

Além do abaixo assinado, aproveite para comer deliciosas empanadas, tortilhas e fazer comprinhas nas “banquinhas”.

Vimos a bandeira abaixo em diferentes lugares e ficamos curiosos, após um portunhol aqui e ali, soubemos do que se trata…

“A Wiphala é uma bandeira quadrangular — formada por quatro ângulos — dividida em 49 quadros, de sete cores, usada pelos povos andinos da Bolívia, em algumas regiões do Peru, Colômbia, no norte da Argentina e Chile, sul do Equador e oeste do Paraguai.”

Dia 9 - Salinas Grandes > Tilcara

Após o tour em Salinas Grandes seguimos para o nosso último destino da trip: a cidadezinha de Tilcara.

As fotos do Airbnb nos convenceram de que deveríamos ficar dois dias ali — o que se mostrou uma escolha acertada.

(Fotos de divulgação que nos convenceu a escolher o Villa del Cielo)

Naquele entardecer dourado e insólito de Tilcara, pude refletir sobre a nossa jornada até ali.

“Viajamos, algunos de nosotros para siempre, para buscar otros estados, otras vidas, otras almas”.

Amais Nin

Eu estava procurando novas vidas dentro de mim mesmo. 

Afinal, era uma viagem de ano novo, logo após ter expurgado alguns demônios (pedras no rim) e estar próximo da data do meu aniversário, tudo isso acabou me deixando mais reflexivo.

Inclusive, naquele dia havia salvado um post do Matt Gray, que dizia mais ou menos isso:

Suas metas deveriam ser simples:

- Meditar diariamente.

- Aposentar seus pais.

- Deixar seus filhos orgulhosos.

- Ser 1% melhor a cada dia.

- Ver o pôr do sol na praia diariamente.

- Ir para o deserto todos os meses.

- Automatizar/sistematizar seu negócio para ele rodar sozinho. 

Como mencionei em edições anteriores, a inteligência artificial e as automações estão entregando soluções para que nós, realmente, possamos viver o que importa nesse mundão.

- Menos tempo em frente à tela. 

+ Mais tempo de frente para o mar.

- Menos tempo em reuniões que poderiam ser um e-mail.

+ Mais tempo com pessoas que você gosta e se importa.

- Menos tempo no trânsito apenas para ligar o computador em outro local. 

+ Mais tempo livre para trabalhar e viver de onde quiser.

Na era da I.A., eu acredito que o contato humano e o tempo de qualidade são os que vão ganhar mais valor. 

Neste exato momento, vemos pessoas agindo como robôs por causa do algoritmo. 

Enquanto os robôs (GPTs) estão produzindo conteúdos mais humanos do que os próprios humanos. (Rsrs)

Que ironia, não?

Já estamos cansados de scrollar a tela do celular o dia inteiro. 

Por isso, conteúdos longos, como este aqui, serão muito mais valorizados nos próximos meses e anos. 

Então, aproveite para fazer dinheiro, automatizar seu trabalho e “use o artificial para viver o natural”, como diz o brother Alan Nicolas.

Agora, voltando ao tema da viagem…

Ao anoitecer, para coroar de vez a nossa viagem, o restaurante do hotel era impecável e tinha os melhores vinhos que tomamos até o momento — todas as garrafas eram da região. 

Inclusive, algumas dessas garrafas vieram para o Brasil e continuo aguardando o momento ideal para beber. =)

Pela cidade desfrutamos da feira local, livraria, museus, além de restaurantes e lojinhas.

Fomos vítimas personages de um caricaturista maluco que estava passando pela cidade…

E para encerrar o nosso tour pela região, fomos até as montanhas mágicas de Hornocal…

Dia 11 - Hornocal / Cerro de Los 14 Colores

Finalmente chegamos a um dos cartões-postais mais emblemáticos de Jujuy: El Hornocal.

Este lugar está localizado em Humahuaca, a mais de 4300 metros de altitude, o acesso é feito pela Ruta 73.

Antes de subirmos a montanha, tivemos que pesquisar bastante. Os locais diziam que só era possível subir com caminhonetes 4×4.

Por mais que o preço do passeio guiado não fosse caro, o que nos incomodava era o fato de só poder ficar UMA HORA lá em cima, caso a gente optasse pelo guia.

Entrei em diferentes blogs (sim, eles existem), até que encontrei o vídeo de um pessoal que subiu com carro de passeio.

Neste vídeo abaixo, você pode ver como é todo o caminho, sendo totalmente possível subir com carros baixos, se andar com bastante cuidado nesta estrada de cascalho (eu disse CASCALHO).

A grande volta

Os três dias seguintes de viagem foram somente de estrada.

Fizemos breves paradas para dormir em San Salvador de Jujuy, Resistencia e Puerto Iguazú.

Em San Salvador de Jujuy, acabamos ficando em um Airbnb bastante duvidoso.

Infelizmente, desta vez, fomos enganados pelas fotos e descrição do imóvel, no qual o dono se dizia arquiteto e havia projetado o “sonho da vida dele”. 

Talvez isso explique o motivo dele fazer o banheiro com vista panorâmica para a rua. Ao tomar banho, qualquer um que estivesse do lado de fora da casa poderia ver quem estava no chuveiro. 

Ao anoitecer e ouvir alguns barulhos de carros abrindo e fechando portas, resolvemos colocar na sala o nosso segurança “armado” para uma eventual emboscada. Tem dia que a noite é fod@, parceiro!

O Vigia (também conhecido como boneco de pano)

Nas duas cidades seguintes, a hospedagem foi tranquila, em hotéis confortáveis e bem localizados (Jah Bless).

Em Resistencia aproveitamos para ir ao supermercado encher o porta-malas com vinhos argentinos – muiiiito baratos! 

Ao chegarmos a Puerto Iguazú, além de curtir a piscina do hotel com direito a massagem, rodamos pelo shopping para comprar umas muambas, mas o preço ali na fronteira já não estava tão atraente.

No Paraguai é bem mais vantajoso (fica a dica).

Uma coisa posso te afirmar após essa jornada:

É viciante rodar de carro pelas estradas argentinas. 

Inclusive, a próxima trip deverá ser na região sul, ali por El Chaltén e El Calafate.

Quanto aos documentos e burocracias, foi tudo tranquilo. Não tivemos nenhum problema com a polícia local. Muito pelo contrário, foram sempre muito simpáticos e educados a cada abordagem.

Então, se você tiver vontade de receber o roteiro completo que fizemos ao longo dessas duas semanas, responda este e-mail, te envio gratuitamente.

"Havia chuvisco e mistério no início da nossa viagem.

Pude perceber que tudo aquilo seria uma grande saga nebulosa.

“Iuupii”, gritou Dean. “Lá vamos nós!”

Inclinou-se sobre o volante e deu a partida; estava de volta a seu elemento natural, qualquer um podia perceber.

Ficamos maravilhados, percebemos que estávamos deixando para trás toda a confusão e o absurdo, desempenhando a única função nobre de nossa época: mover-se. E nos movíamos!"

Jack Kerouac, On the Road.

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🧠 Por dentro da minha mente

Uma mensagem direta e extremamente verdadeira em um mundo “High Ticket", com gurus em seus ternos, carrões (alugados) e uma vida “linda” de comercial de Margarina, a Andrea trouxe em seu texto a lucidez que tanto precisamos ler atualmente.

O álbum “Stadium Arcadium” é o trabalho mais primoroso do John Frusciante em questão de timbres e texturas. “Strip My Mind” tem um solo de aquecer o coração e a alma.

Patrick Laplan, a lenda do baixo do rock nacional. Ele foi o responsável por linhas icônicas de bandas, como: Los Hermanos, Biquíni Cavadão e Rodox. Neste papo com o Clê, ele falou de sua carreira e sobre seu trabalho como produtor musical.

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