Apenas Comece

Leia a CopyLetter #043 ouvindo:
Foo Fighters – “Bridge Burning”

Essa frase do Dave Grohl (Foo Fighters) resume bem a essência do que significa queimar pontes e começar algo novo — seja na música ou em qualquer outra área da vida.

A verdade é que a tal perfeição é uma ilusão.

O que realmente importa é a autenticidade e a vontade de se expressar.

Nos últimos dias, durante uma conversa com uma pessoa próxima, juntos, refletimos sobre como as pessoas adiam frequentemente o início de novos projetos…

Elas ficam paralisadas, esperando pelo tal “momento perfeito”, seja para…

• Iniciar um curso de idiomas…

• Fazer uma aula em uma academia nova…

• Aprender um instrumento…

• Fazer a viagem dos sonhos…

• Começar um negócio…

• Escrever um livro…

• Ou até mesmo criar um novo perfil no Instagram…

Muitos de nós ficamos presos na armadilha da perfeição.

Isso acontece porque é mais fácil obtermos o sucesso em nossa mente enquanto ainda estamos planejando tudo meticulosamente — preenchendo cada linha do “projeto” de forma idealizada.

Mas e se, em vez disso, colocássemos nossos planos em prática rapidamente?

Porque essa é a maneira mais fácil de descobrir se realmente era isso que estávamos procurando, quando iniciamos a idealização.

Sabe aquela sensação de… “Caramba, por que não fiz isso antes?”

Então, essa deveria ser a sensação de empolgação ao embarcar em algo novo.

Mas a maioria das pessoas NÃO executa rápido.

E o que acontece?

Acontece que elas passam mais tempo planejando do que executando, criando uma expectativa muito maior (e irracional) em relação ao seu novo projeto.

Aí, my friend… Quando você vai para o “jogo de campeonato” você não sente essa sensação de empolgação que citei antes…

Ao invés de empolgação, você sente decepção: 

Como disse Sêneca, filósofo estoico:

Sofremos muito mais em nossa imaginação do que na realidade.

Quando escrevi a primeira edição da minha newsletter:
A Síndrome do Perfeccionismo Tóxico…

Eu não imaginava que hoje teria uma Mentoria e uma Agência especializada em newsletters em parceria com o mestre Henrique Carvalho (HC), hoje somos pioneiros nesse movimento no Brasil.

Mas quando comecei, eu simplesmente queria escrever por mim mesmo.

Após anos escrevendo campanhas em nome de outras pessoas e empresas, pela primeira vez, estava criando algo meu.

É claro, contei com a sorte de, logo na primeira edição, conseguir mais de 1.400 inscritos de forma orgânica…

Mas isso só aconteceu porque as pessoas gostaram do meu texto, sentiram que era autêntico e verdadeiro.

Depois disso, as coisas aconteceram naturalmente.

Se eu não tivesse decidido “meter a cara” para escrever a minha PRIMEIRA NEWS num fim de semana qualquer, eu não estaria tão realizado como estou hoje.

Então, reflita sobre o que você pode começar já no próximo fim de semana.

Estamos em uma época em que nunca foi tão acessível experimentar coisas novas e transformar hobbies em negócio$.

No entanto, com tanta abundância de escolhas e caminhos, muitos acabam ficando paralisados.

Veja o motivo nas próximas linhas…

A Paralisia do Excesso de Escolhas

Para muitos, o livre arbítrio NÃO existe.

Para outros, o livre arbitro é um direito.

Independentemente do que você pensa sobre o assunto, o fato é que quanto mais escolhas temos, mais difícil é seguirmos em frente. 

Barry Schwartz, em seu livro “O Paradoxo da Escolha”, argumenta que um número excessivo de opções pode levar à inação e à insatisfação.

Quando nos deparamos com muitas possibilidades, temos medo de tomar a decisão “errada” e nos arrependemos das escolhas não feitas.

Na psicologia comportamental, a paralisia da escolha é explicada pela tendência humana de buscar o máximo benefício e evitar erros.

Trazendo para o mundo real, ou o Brasilzão selvagem, como gosto de dizer…

Ou seja, o medo de fazer a escolha errada e se arrepender é frequentemente MAIOR do que a vontade de acertar.

Isso também se aplica ao mercado financeiro.

Por exemplo:

Os investidores entram pela ganância de multiplicar seu rico dinheirinho, mas o medo e a dor de perder esse dinheiro são maiores do que a satisfação de obter lucros.

Mesmo quando ganham dinheiro, caem no viés comportamental de achar que deveriam ter investido mais ou vendido mais tarde.

Talvez você já tenha ouvido essas frases:

• “Comprei pouco, deveria ter investido mais”

• “Fui mão de alface. Vendi cedo, eu deveria ter segurado mais para vender depois”

O problema é que essas pessoas acabam ignorando que o timing e o cenário nunca serão perfeitos, seja nos investimentos ou nas decisões da vida ao criar um novo projeto.

A notícia boa é que você NÃO precisa acertar NO TEMPO PERFEITO, na bundinha da mosca que estava passando com um alvo pintado em círculos brancos e pretos…

Timing é importante, SIM, mas você NÃO precisa entrar no “momento ideal” para ter suas recompensas…

Teve pessoas que compraram Bitcoin a US$20 mil… 

Teve outros que compraram a US$30 mil… 

E outros que compraram a US$50 mil…

Todos puderam ganhar dinheiro. Alguns mais. Outros menos. Mas essa é a vida.

Então, não pense na “hora certa”, mas sim no que você tem a ganhar e a perder quando iniciar esse seu novo projeto.

O Framework Estoico Para Tomar Boas Decisões

Voltando à conversa com essa pessoa próxima, ela mencionou a vontade de criar vídeos e conteúdos no Instagram…

Ela já tinha referências…

Tem um gosto muito refinado…

E claro, tinha estrutura financeira para iniciar o projeto do zero, sem pensar em monetizá-lo desde o início.

Mas ela buscava uma certa “validação” — ou “direcionamento”, como diria.

Meu conselho foi simples:

Ainda contrariada pela resposta “simples”, essa pessoa levantou a questão:

— “E se ninguém assistir? E se não gostarem?”.

— “Você apaga e inicia outro projeto. O máximo que pode acontecer é isso” - Respondi em poucos segundos.

Obviamente, por ter um perfil mais direto e prático, tomo decisões com mais facilidade do que outras pessoas.

Mas, ao considerar criar ou fazer algo novo, é importante se perguntar:

Nesta palestra do Tim Ferriss no TED, ele demonstrou como dominou seus medos usando um exercício estoico que ajudou a tomar boas decisões.

O estoicismo, para muitos, pode parecer algo acadêmico ou monótono, mas é uma filosofia prática.

Você pode usar o estoicismo como um sistema operacional para tomar decisões melhores em ambientes de alto estresse.

Uma das práticas mais comuns (e fantástica) do estoicismo é o que chamam de “premeditatio malorum”, ou “pré-meditação dos males”.

Em termos simples, trata-se de visualizar os piores cenários possíveis que te paralisam de agir e criar um plano para lidar com eles.

Veja o passo a passo abaixo:

Parte 1: Defina seus medos

• Liste tudo de ruim que poderia acontecer caso você tome a decisão que teme. Escreva de 10 a 20 medos.
  

• Para cada medo, escreva o que poderia fazer para evitar ou minimizar a probabilidade desses problemas ocorrerem.
  

• Caso o pior aconteça, pense em como reparar os danos ou para quem você poderia pedir ajuda.

Definir o pior cenário, como preveni-lo e como reparar eventuais danos, vai te ajudar a fazer uma análise mais realista e menos emocional dos riscos envolvidos.

Parte 2: Pense sobre quais serão os benefícios de uma tentativa ou de um sucesso parcial

Mesmo que você não tenha 100% de exito, quais são os aprendizados que você terá nessa tentativa?

• Terá maior disciplina de agora em diante?

• Aprenderá novas habilidades?

• Vai conhecer gente nova para futuros projetos?

Parte 3: Avalie o custo da inação

Nesta parte, você precisa considerar as consequências negativas da inércia, de querer evitar tomar decisões importantes.

A inação pode levar a resultados piores a longo prazo do que enfrentar os medos.

Então, pense bem e pergunte-se:

Analise o quanto isso que você está evitando iniciar vai acabar te custando emocionalmente, fisicamente e financeiramente. 

Depois disso, você vai ver que muitos dos seus maiores medos eram exagerados e que os riscos, quando colocados em perspectiva, eram mínimos em comparação com os benefícios.

Com esse framework, você vai ter em suas mãos a oportunidade de fazer escolhas mais inteligentes.

Errar uma decisão é normal e faz parte do processo.

No entanto, cometer um erro grave que leve você à ruína é a decisão mais burra a ser tomada, definitivamente.

Estatisticamente, essa decisão tinha mais chances de dar errado.

E, no fim, essa pessoa teria ficado sem casa, sem carro, afetando todo o presente e o futuro da família.

Na maioria das vezes, “apenas começar” será a decisão mais inteligente, especialmente se for algo genuíno e que te deixa com put@ tesão.

Mas, se for algo que pode tirá-lo do jogo — para sempre —, reconsidere e reveja sua estratégia.

E agora, me diga:

• Qual é o seu próximo projeto?

• E o que você está esperando para começar?

» Responda este e-mail me contando, ficarei feliz em saber e talvez possa te ajudar também.

Até a próxima edição, my friend.

Peace ✌️

💡Por dentro da Caverna

📖 O que estou lendo: Invisible Selling Machine — Ryan Deiss

🎧 O que estou ouvindo: Foo Fighters — “Wasting Light” (2011)

📺 O que estou assistindo: KAKÁ (convidado) | Podcast Denílson Show #65

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• Florescer Interior (Gabi Chiaradia)

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📩 Sobre a CopyLetter

✍️ Escrita por mim, @lucao.news
🤯 Bastidores reais de um copywriter que escreveu campanhas que ultrapassaram a marca de R$200 milhões e hoje está liderando o movimento de Newsletter no Brasil.
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