A Música Como Combustível Para a Criatividade no Marketing

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Leia a CopyLetter #029 ouvindo:
Garage Fuzz – "Dear Cinnamon Tea”

Que saudade eu estava de fazer parte de uma banda!

E, em especial, de uma banda autoral, podendo dar vazão aos pensamentos mais insanos em forma de arte — com muita distorção 🎸 e muito “tu-pá, tu-pá, tu-pá”. 🥁

No último domingo (28/07), às 09h da matina, colei com a rapeizeee para gravarmos o clipe da música: “Além das Palavras”.

(Para quem gosta de Hardcore Melódico/Pop Punk, fique de olho, em breve lançarei a boa aqui).

Mas, enquanto isso…

Quero compartilhar alguns pensamentos e sentimentos que vieram ao voltar para a cena musical.

Sonho de Criança

Quando era um Pia (molecote), no interior do Paraná, tinha dois sonhos:

1. Jogar profissionalmente no São Paulo Futebol Clube.

2. Ser um “Rockstar” e rodar o mundo tocando rock com amigos.

Bom, a parte 1 não deu certo.

Apesar de distribuir algumas canetas nos amigos nas peladas, para ser um jogador profissional, faltou um tiquinho de habilidade/empresário/oportunidade.

Já a parte 2, até que deu certo, hein…

Consegui rodar boa parte do Brasil, tocando com amigos, conhecendo muita gente maneira e colecionando roubadas.

Dava dinheiro? Quase nada.

Mas aquilo fazia-me sentir vivo.

Conversando com um amigo, ele soltou:

Fazia tempo que alguém não me falava, em poucos segundos, algo profundo sobre sua visão de vida e seu amor pela música.

Não tenho saudades dos tempos em que os boletos mal eram pagos, mas sentia saudade de poder tocar, criar e me expressar.

Como falei na edição anterior, o meu desconforto para gravar vídeo é enorme.

Entretanto, lá no set de filmagens (A.K.A = famoso galpão abandonado), o que eu mais queria era gravar e criar novas cenas para o clipe — sem nenhuma vergonha/bloqueio.

Tudo aconteceu naturalmente.

Mesmo quando o mundo resolveu se acabar em água — o que deixou o clipe ainda mais “dramático” — a gente seguiu animado, iguais crianças comendo areia no parquinho.

Poucas pessoas vão entender o que é:

• Colocar mais de R$ 50 mil em equipamentos num carro ou van…

• Dirigir por fucking 600 km…

• Tocar 1h30 para um público de 300 pessoas…

• E voltar para casa com R$300 no bolso.

Se eu tivesse um filho, gostaria que ele fizesse isso?

Racionalmente falando, é óbvio que não…

Mas a música NÃO é sobre ter razão!

A música é sobre sentir e se encontrar no meio do caos instrumental.

Fazer música é a terapia de que todos precisam.

Fonte de Inspiração

Em um mercado cada vez mais genérico, com pessoas copiando e colando o que os grandes gurus fazem…

Poder se refugiar na música, ou na arte em geral, e criar coisas novas é um oásis para quem tem uma mente inquieta.

Enquanto geral está falando do lançamento do Expert XYZ, você pode pegar uma referência foda da criação do Sex Pistols, por exemplo, adaptando para o seu produto e mercado.

É trazer coisas que a grande massa não está de olho.

Felizmente, nos quase 3 anos lá na Empiricus, tinha alguns amigos retardados que gostavam muito mais de música do que marketing e finanças — ainda bem!

Era coisa linda poder conversar temas que estão fora da “bolhinha” da “tchurminha” do digital.

Óbvio que você tem que ficar de olho nas tendências do mercado, mas antes das tendências vêm os FUNDAMENTOS do marketing, do comportamento humano, da criação.

Entre o Underground e o Mainstream

Então, enquanto navego entre bandas underground, rolês “sujos” e masterminds…

Acabo vivendo um pouco dos dois mundos: entre a forma divertida de viver e a maneira de fazer dinheiro no digital (usando a música para criar algo diferente).

Não sei qual é o seu hobby…

Mas tenho certeza de que é muito mais divertido do que sentar numa mesa de almoço e ficar falando de métricas de marketing.

Tente encaixar de alguma forma esse seu hobby na sua rotina de trabalho.

Vá pescar (criativamente) no oceano, ao invés de ficar preso num aquário, com peixinhos amarelinhos todos iguais.

Não abro mão da minha carreira de marketing, obviamente. E nem é só pelo dinheiro, pois gosto mesmo de criar campanhas.

Mas, a música, my friend… ela é diferente!

Por mais que não traga retorno financeiro satisfatório para boa parte dos músicos, é fundamental ter esse momento de mergulhar em um flow criativo e colocar a sua música para fora, descendo o aço no seu instrumento.

Ao fim da sessão, você vai se sentir outra pessoa.

Melhor dizendo, você vai se sentir a pessoa que você é de verdade.

Sem máscaras. Sem pressão da sociedade.

Sem preocupação com os boletos da vida.

É ali, a arte sendo o que ela é: brutal e honesta.

Fique bem!

Jah Bless.

💡Por dentro da Caverna

📖 O que estou lendo: Justin Wealsh – 10 Personal Branding Tips (That Actually Work)

🎧 O que estou ouvindo: Garage Fuzz – “Working on the Title”

📺 O que estou assistindo: Eloy Casagrande (Slipknot) reagindo e tocando o solo que criou quando ainda era adolescente

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