A Lógica Mata a Mágica

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Leia a CopyLetter #021 ouvindo:
Red Hot Chili Peppers – "The Zephyr Song”

Preciso confessar:

A abundância de dados para metrificarmos cada campanha é uma coisa linda, de outro mundo!

Você consegue saber de onde vem:

• Cada lead

• Cada cliente

• Qual canal está dando maior retorno

• E mais do que isso, você consegue ter uma certa “previsibilidade”

Agora, quando falamos de copy e criatividade, são outros quinhentos.

Note que o foco está na quantidade de peças.

O pensamento é:

“Vou colocar 10 cavalos na corrida e, conforme os três que forem melhores, eu crio mais X peças em cima desses vencedores.”

Na teoria, isso é lindo.

O problema é que, dos 10 VideoAds, por exemplo, pode ter certeza de que pelo menos 5 serão parecidos.

Ou seja… Você não está colocando, de fato, 10 cavalos diferentes nessa corrida.

Pare e pense por cinco segundos:

Quantos players do mercado você já viu fazendo o famoso anúncio do “Fake Podcast”?

Quando você vê um corte de um podcast, você nem sabe se é verdadeiro ou um anúncio.

Você pode argumentar comigo dizendo que isso ainda funciona…

Sim, para um público mais inconsciente, ainda funciona.

Mas num mercado que está ficando mais sofisticado a cada dia, as velhas ideias com os mesmos formatos acabam sendo rejeitadas pelo público.

Imagine…

Você está scrollando seu Instagram e, mesmo sem ver o perfil da pessoa, você já sabe que é um anúncio.

Por quê? Porque ele tem a cara de um… ANÚNCIO.

Todo mundo gosta de comprar, mas todos odeiam quando um vendedor tenta empurrar algo (mesmo que você precise daquilo).

Eu uso muito essa estrutura ainda.

Mas confesso que o que vem rodando melhor por aqui são os anúncios com CTA mais espaçados, mais próximos do final.

Em outras palavras: eu tento passar este anúncio como se fosse um conteúdo orgânico.

Por isso…

Use e abuse dos ganchos de curiosidades e de conteúdos que estão no início de sua viralização.

O vídeo do “Dois reais ou um presente misterioso?”…
Bom, já não é tão misterioso mais, né?!
Eu não usaria ele como gancho para um anúncio.

Veja o que está entrando em trend, adapte para o seu tom de voz e para o seu mercado — mas seja criativo, use o seu feeling, o seu “potinho de mágica".

Quando você fica engessado em estruturas, métricas, plataformas, você acaba focando mais no formato do que no conteúdo — ignorando a mágica!

Meu conselho:

Não tenha medo de testar ideias “idiotas”.

Um exercício legal de fazer é ir aos extremos…

Veja o que a maioria dos seus concorrentes está dizendo em seus anúncios. Anote tudo.

Depois, pense:

“Como posso falar o oposto do que ele diz, da forma mais ‘louca’ possível e, ao mesmo tempo, que continue entregando um benefício real para o meu público-alvo?”

Os primeiros rascunhos serão tenebrosos. Mas apenas escreva, não revise.

Primeiro é o artista que aparece e cria.

Só depois vem o editor para revisar — e ver se a ideia realmente ganhará vida.

A verdade é que são as ideias mais “contra-intuitivas” que acabam gerando mais curiosidade, o que tende a funcionar melhor.

Como o próprio Rory Sutherland diz em seu livro:

“Nem tudo que faz sentido funciona,
e nem tudo que funciona faz sentido”

Não tente colocar a lógica em tudo.

Em um mundo tão regrado, “certinho", com um perfeccionismo tóxico em muitas vezes… O errado que dá certo acaba sendo mais divertido (e lucrativo).

Pense nisso.

E para encerrar a edição de hoje…

Quero compartilhar com você os 11 principios que o Sutherland compartilha em seu livro: “Alchemy: The Dark Art and Curious Science of Creating Magic in Brands, Business, and Life".

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🧠 Por dentro da minha mente

• 📖 O que estou lendo: Alchemy - Rory Sutherland

Conheci este livro pelo monstro sagrado @beto.altenhofen. (E, provavelmente, ele nem lembra que já recomendou este livro e o treinamento do Rory Sutherland). Rsrs.

• 🎧 O que estou ouvindo: Raimundos - “Lavô Tá Novo"
  

Este álbum clássico foi o segundo da banda e mostrou que chegaram para fincar bandeira e movimentar a cena do rock nos anos 90 aqui no Brasil. Em um podcast recente, o Fred (ex-batera) contou detalhes da gravação deste álbum lá nos EUA.

• 📺 O que estou assistindo: Papo com Clê | Fred Castro (Ex- Raimundos)

Confesso que fiquei na dúvida se assistia, pois o episódio inteiro tem quase 4h de duração. Comecei assistindo no laptop, fui para a academia e assisti pelo celular enquanto corria na esteira, e finalizei assistindo na TV de casa.

E vou te falar: caberia mais umas 2h de episódio, fácil! São muiiiiitas histórias dos bastidores da banda, desde o seu início no underground até o “fim” da banda, quando o Rodolfo decidiu sair. Recomendo o episódio.

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📩 Sobre a CopyLetter

✍️ Escrita por mim, @imlucasantonio
🤯 Sigo compartilhando os bastidores reais de um copywriter que escreveu campanhas que ultrapassaram a marca de 200 milhões de reais.
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