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"Roulettenburg": Um lugar caótico regado a excessos e vícios
CopyLetter – Edição #012
Minha morada em "Roulettenburg"
Leia a CopyLetter #012 ouvindo:
Oasis - "Falling Down"
Estouro.
Gritos pela rua.
Apagão.
De repente, silêncio absoluto.
Parte da cidade de São Paulo parou, ficou no escuro e em silêncio – fato raro.
No meu apartamento, tudo está piscando.
Tenho uma reunião importante para fazer naquele instante.
Respirei fundo, olhei pra rua, sorri.
De algum modo esse apagão refletia o que meu corpo e o meu espirito estavam tentando me dizer: pare um pouco, antes que você apague!
Bom, ainda não parei. Ainda não apaguei (por pouco).
A nova “rotina" está insana.
Novembro é o mês que todos os clientes querem fazer suas campanhas de "Black Friday”.
Todos estão apostando alto num consumismo desenfreado da audiência impulsionados a preços baixos. (Nada sexy, mas eu sigo o jogo)
Neste momento, me sinto vivendo em "Roulettenburg", a cidade fictícia da obra "O Jogador" de Dostoiévski.
"Roulettenburg" é um lugar de excessos e vícios, onde a fortuna de uma pessoa pode mudar com o giro de uma roleta.
São Paulo não é muito diferente, convenhamos.
Aqui, o "giro da roleta” pode ser vista nos negócios alavancados, na especulação imobiliária, e claro, na Avenida Faria Lima, onde estão os grandes conglomerados do mercado financeiro brasileiro.
A cada trade a "fortuna" de uma pessoa pode ir rapidamente para outras mãos após um simples clique no Home-Broker.
Obviamente, não posso deixar de mencionar também o eterno jogo de sorte e azar nas ruas de São Paulo, onde o estresse e a pressão com a falta de segurança são constantes.
Na obra “O Jogador", o protagonista Alexei Ivanovich é apaixonado pela filha adotiva do general, Polina, e ela o manipula para que ele jogue em seu lugar.
Assim, ele se encontra em uma relação de amor tóxica que ele mesmo criou. Em momentos de dívidas e abundância financeira, o livro mostra cada passo dele explorando o submundo dos viciados em apostas e jogos.
Enquanto Alexei Ivanovich se entretém na roleta…
Lentamente, eu percebo que meu vício ao trabalho e ao excesso de horas sentado em frente de uma tela está destruindo o meu corpo.
E também a minha (já debilitada) saúde mental, após esta longa temporada morando em São Paulo.
"A cidade que nunca para” acabou parando por alguns dias.
O Lucas, que nunca para, ainda não parou por alguns dias. Mas prevejo dias melhores a partir de dezembro.
Depois da tempestade vem… o bote salva-vidas.
Brincadeira.
Após a tempestade vem a bonança. E a ressaca do mar.
Por mais que este texto esteja falando sobre o meu momento, ele não é somente sobre mim...
Também não é apenas sobre Alexei Ivanovich, o personagem de Dostoiévski…
Ele é sobre VOCÊ e a sua própria "Roulettenburg".
Neste final de ano caótico, qual é o seu vício?
Qual parte da sua vida está sendo decidida na roleta?
Qual parte da sua vida está sendo decidida pelo acaso?
Num piscar de olhos sua sorte ou seu azar podem sorrir.
Por mais que eu esteja no meio do CAOS, sendo tragado ao excesso de trabalho que surgiu, eu DECIDI que queria isso.
Eu decidi os meus próximos passos, pelo menos, até o final de janeiro.
A próxima edição vou escrever diretamente de Brasília.
E de lá, vou contar para você quais serão os próximos passos.
Mas uma coisa é certa:
A mudança será bem diferente do tema da música da CopyLetter de hoje.
Enquanto a banda Oasis compôs essa canção para falar sobre o isolamento, o desgaste e a desilusão com a sociedade (não só isso), eu estou indo para um lugar onde não me sinto sozinho em meio a multidão.
Por isso, a pergunta que te faço é:
Você está fazendo as mudanças necessárias para não ser apenas mais uma pessoa brincando com a sorte e azar na "roleta" da sua vida?
(…)
Fique de olho 👁
A edição #013 da CopyLetter vai sair na próxima quinta-feira à noite. Para sugerir algum tema, basta me enviar uma mensagem no Insta: @imlucasantonio
Por dentro da minha mente 🧠
📖 Para ler: O Jogador (Fiódor Dostoiévski)
O livro evidencia como um “jovem inteligente e cheio de talento” é arruinado pelo vício em jogos de azar que, aos poucos, consome e destrói sua alma. (A edição de capa dura é lindíssima!)
🎧 O que estou ouvindo: The Beatles - Now And Then
Novo single dos Beatles. Sim, é isso mesmo que você leu. Após décadas, a canção “Now And Then” de John Lennon, ganhou vida e um clipe lindão.
📺 O que estou assistindo: The Beatles - Now And Then - The Last Beatles Song (Short Film)
Este mini-documentário mostra os bastidores da criação da música e os desafios para resgatar a voz e o piano da "fita demo" do John Lennon. Acredito que foi uma maneira muito especial para “fechar” a jornada que John, Paul, George e Ringo fizeram juntos. E claro, celebra o legado da banda mais importante e influente da história da música.
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