O Medo dos Erros e Fracassos

CopyLetter – Edição #007

Entre erros e acertos nos shows da Full Grey

"Se você não pode errar
Você não pode aprender"

Eric Ries

Ler a CopyLetter #007 ouvindo:
“Molchat Doma: "Тоска"

Qual foi a última vez que você teve o desgosto e a sorte de fracassar em algo?

Sim, fracassar também é sorte.

É sinal que você, ao menos, tentou algo NOVO.

O problema não estar em falhar, mas sim, em hesitar, em ficar em cima do muro.

No momento que o fracasso acontece, ele desce amargo, eu sei.

Você fica atordoado.

- Onde eu errei?
- O que não enxerguei ao longo do planejamento?
- Por que o copy não converteu?
(No meu caso, isso é bem comum, sempre tento fazer essa engenharia reversa).

Nas campanhas milionárias e fracassadas, geralmente, são as mesmas pessoas que estão por trás delas.

Aqueles que fracassaram em determinado momento, depois conseguiram acertar. E vice-versa.

Só quem já teve projetos “flopados” sabe qual é a dor de fracassar após longas semanas/meses cuidando do projeto como se fosse um filho.

É como ver seu time perder de goleada em uma final.

Ou pior: perder de um gol de diferença, levando gol nos minutos finais.

Dói muito.

Ainda me lembro da final da Copa do Brasil de 2000, entre São Paulo x Cruzeiro, no estádio Mineirão.

Nessa época eu tinha 11 anos, sonhava em ser jogador de futebol.
Eu acreditava que jogaria no SPFC, mas nunca rolou, obviamente.

Bom, voltando ao jogo…

Faltavam poucos minutos para o título, o SPFC estava empatando por 1×1, a vantagem do empate com gols era do tricolor…

Mas, aos 44 minutos do segundo tempo, aconteceu uma falta na entrada da área…

Tudo ficou escuro. O sonho acabou.

Fracasso!

A dor visceral do fracasso chegou aos jogadores e torcedores.

Somente 23 anos depois, após muitos fracassos, o SPFC conquistou esse título inédito da Copa do Brasil.

Foi uma campanha perfeita, eliminando arquirrivais e times de peso, como: Palmeiras, Corinthians e o Flamengo na final.

Em um momento dramático da partida de volta, Rodrigo Nestor – cria da base do SPFC, acertou o chute da vida, uma pancada de fora da área.

Quem acompanha futebol, sabe o quanto ele foi perseguido pelos torcedores. Eu nunca critiquei!

Mas ele estava tentando.
Falhando? Sim!
Mas estava tentando.

O nosso camisa 11 não se escondeu em nenhum momento.
E a recompensa chegou:

O medo do fracasso é uma das maiores barreiras para muitos empreendedores e inovadores.

Muitas vezes, as pessoas evitam tomar medidas ou experimentar algo novo por medo de falhar.

No entanto, sem correr riscos e enfrentar o potencial fracasso, as inovações e as grandes vitórias raramente vão acontecer.

O fracasso não pode ser visto como um fim, mas sim, como uma oportunidade de aprender, ajustar e tentar novamente.

Se você NÃO está errando, provavelmente, você não está tentando algo NOVO.

Conforme o Eric Ries, autor do livro “Startup Enxuta", uma forma menos prejudicial para você e sua empresa é a ideia de criar um MVP (Produto Mínimo Viável) e colocá-lo rapidamente na rua para testá-lo.

Dessa maneira, você acaba minimizando o tempo e os recursos gastos em algo que pode não funcionar, tornando o "fracasso" menos doloroso.

Afinal, você investiu menos tempo e menos dinheiro (e até se apaixonou menos pela sua ideia/criação).

Quando sinto que não estou errando ou que cheguei em um certo platô em alguma área da minha vida, eu busco repensar como poderia fazer as mesmas coisas, mas de maneira diferente.

Em alguns casos, penso até em mudanças radicais. Desde alimentação, rotina de estudos, treinos e mudanças de ambientes de trabalho e moradia.

Sigo naquele contentamento descontente.

Aprender com nossos erros é doloroso, mas muito mais eficiente do que ficar apenas no campo teórico, lendo livros, assistindo vídeos e comprando cursos.

“O medo de perder tira a vontade de ganhar” – já diria o pofexô Luxemburgo.

Então, na próxima vez que o fracasso chegar, não pense nele como um fim. Mas sim, como uma nova forma de aprender algo novo.

Assim, ao entrar em um novo projeto, você estará mais perto da vitória do que do fracasso amargo.

Fique de olho 👁

A edição #008 da CopyLetter vai sair na próxima quinta-feira à noite – fuso de Brasília.

Por dentro da minha mente 🧠

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    "Não importa qual seja o seu desafio, sempre haverá um livro para resolver o seu problema." É com essa temática que o Value Reads está gerando muito valor para os amantes da leitura. Recomendo que você confira este novo projeto do Josué Guedes – um dos fundadores do Market Makers.

  • 🎧 O que estou ouvindo: Molchat Doma - Этажи

    Molchat Doma é uma banda pós-punk bielorrussa, formada em 2017, mas só conheci há algumas semanas, por conta de uma playlist. Acabei viciando no estilo da banda, que mescla sua influência do rock russo dos anos 1980, com camadas de new wave, synth-pop e cold wave.

Indicações Sinceras ⭐️

Alquimia da Mente | Burnout: O Novo Mal do Século

Nessa edição, o Henrique Carvalho abriu o coração e relatou como foi passar por essa doença silenciosa, que chega sem avisar e que ainda não há um entendimento sobre o que é, e como ela domina sua vida.

Sabia que tem diferentes níveis de Burnout?
Ter um burnout não é só cair duro no chão, acredite.
Recomendo a leitura.

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