I'm Not Just Another Brick in the Wall

Leia a CopyLetter #010 ouvindo:
Korn - "Another Brick in the Wall, Pt. 1, 2, 3"
(Pink Floyd Cover)

Começo a CopyLetter de hoje embalado pela versão do Korn deste clássico do Pink Floyd.

Se você ainda não deu o play, preciso te alertar que o instrumental pesado do Korn, acabou casando perfeitamente com esta letra do Roger Waters que é uma verdadeira porrada na cara.

Confesso que até os meus 10 anos, eu amava ir à escola.

Mas quando cheguei na quinta-série, tudo começou a ficar “boring"…
Ou melhor dizendo: chato pra caralh#.

Aos 13 anos, chegou a fase rebelde na sétima série, muito influenciado pelos alunos repetentes que estavam no fundão da sala, além de ter conhecido o Nirvana (a banda grunge de Seattle e não o estado de iluminação do budismo).

A partir dali, levantei questionamentos em sala de aula, me tornando aquele aluno que os professores chamavam de "caso perdido".

Eu só não fui expulso do colégio, pois a coordenadora gostava muito da minha mãe. E também pelo fato de jogar campeonatos de futsal em nome do colégio.

O meu time, curiosamente, era composto por mais alunos "casos perdidos" do que por alunos “certinhos".

Para mim, foi realmente divertido ser o aluno a NÃO ser seguido.

Essa “rebeldia” seguiu comigo até os meus 17 anos.

Eu nunca tinha pensado em fazer uma faculdade.

Inclusive, eu até ria de quem seguia esse caminho “quadradinho".

Não fazia sentido para mim, ter que estudar o que todo mundo estuda, para então, após 4 ou 5 anos, trabalhar igual a um robô, seguindo regras estúpidas.

Na Rodinha dos Ratos

Mas em algum momento, acabei entrando na rodinha dos ratos e cursei Economia por 4 longos anos. Até que algo aconteceu…

Era o meu último ano e o meu TCC era sobre "Mercado de Capitais".

Mas, adivinha?

O meu professor desta matéria não investia e nem trabalhava na área.

Tudo que ele falava era o que estava no livro. Não fazia sentido pra mim.
O dinheiro dele tava na poupança e falava que não via sentido em tirar de lá.

Por sorte, tinha um amigo que trabalhava em um banco e ele me ajudou com a tese. Mas após ser aprovado na pré-banca do TCC, eu larguei o curso.

Não via sentido naquilo tudo.

Família e amigos diziam que eu estava maluco em abandonar o curso naquela altura do campeonato.

Ao longo do curso, eu trabalhei em uma empresa do banco BTG Pactual, logo, percebi que ficar o dia todo sentado atrás de planilhas e burocracia não faria sentido para minha vida.

Mas, para dar o gostinho do diploma para família, eu me transferi para outra faculdade e mudei para o curso de Marketing.

Naquele momento, eu já estava escrevendo algumas 'cositas’ para redes sociais, blogs e até subindo algumas campanhas de tráfego pago no Facebook.

O curso de Marketing era mais mão na massa e fazia mais sentido com o que eu estava vivendo. Finalizei o curso em 3 ou 4 semestres, pois consegui eliminar várias matérias que tinha visto no curso de Economia.

Liberdade.

Essa foi a sensação que senti após minha última aula na faculdade.

Finalmente, saí do sistema.

Não sou apenas mais um tijolo na parede.
(I'm Not Just Another Brick in the Wall).

De Aluno Fracassado a Professor

De lá para cá, tudo que aprendi foi por meio de alguns livros, cursos livres e MÃO NA MASSA!

Corta para 2023…

O aluno “caso perdido” acabou sendo colocado em situações de "professor" para falar sobre Marketing, Copywriting, Processos de Escrita e Criatividade.

Confesso que me senti desconfortável, ainda tenho muitos problemas com autoridades, regras, e uma preguiça enorme do "blablabla" de gurus e professores teóricos.

Mas fui encorajado a falar sobre o que eu FAÇO no dia a dia, afinal, essas práticas podem facilitar a vida de quem ainda não percorreu o mesmo caminho.

A primeira aula que dei, foi no treinamento que mudou minha vida: Copy Camp da Empiricus. Sentei ao lado desses três monstros.

A segunda vez que pude contribuir com os meus “20 centavos” de conhecimento foi no MasterHeroes – o Mastermind do mestre Henrique Carvalho (HC) que ocorre quatro vezes por ano em Brasília.

Tinha players muito mais experientes do que eu ali.

Foi intimidador no início, mas ao final, mesmo nervoso, consegui tirar proveito e criar vínculos com pessoas que possuem um coração de ouro.

O MasterHeroes é muito mais do que um grupo de marketing, negócios, ou um grupinho de gurus que fazem “XX dígitos por ano"... AINDA BEM!

A troca foi tanta, que após o primeiro Mastermind, seguimos para uma viagem sensacional para curtir a Chapada dos Veadeiros (mas isso é papo para outra hora).

Ao longo deste ano de 2023, dei algumas aulas em mentorias de amigos e conhecidos.

Mas o que me balançou bastante aconteceu nesta última terça-feira (24/10)...

Eu fui convocado para dar uma aula no MBA de Marketing da FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado em parceria com a Empiricus.

Um filme passou pela minha cabeça…

"Como assim, vou realmente estar em um ambiente acadêmico para dar uma aula?” pensei comigo mesmo.

Bom… pontualmente às 19h, ligo o Macbook, entro no Zoom e sou recepcionado pelo professor da FAAP.

E então, começo a falar sobre os processos práticos de copy, lançamentos, funis de aquisição e monetização de leads.

Curiosidade: Como o professor era um redator publicitário old school, trocamos algumas figurinhas e fizemos comparativos entre a publicidade tradicional e o marketing digital.

Saí daquela sala virtual bastante satisfeito.

Obviamente, após a aula, fui reencontrar alguns amigos no Bottled Dog, havia algumas cervejas a serem tomadas e brindes a serem feitos.

Continuo achando engraçado o fato de eu ter sido aquele aluno que os professores chamavam de "caso perdido"…

Aquele cara que você apostaria que iria falhar miseravelmente na vida…

E de uma hora para outra, estava dando aula em um ambiente acadêmico.

Mas, diferentemente da maioria dos meus professores teóricos, eu realmente falei sobre o MUNDO REAL e o que você pode testar para conseguir os melhores resultados no digital.

A academia pode te dar uma base, mas é na arena do mundo real que você se torna um "gladiador".

Teses podem impressionar seu orientador, mas são as vendas e o trabalho prático que podem colocar alguns bons “trocados" na sua conta bancária.

E o melhor:

Você NÃO precisa de um diploma para entender isso!

Por isso, ao final desta edição, faço coro com o Roger Waters:

"Hey! Teacher! Leave them kids alone!"

Fique de olho 👁

A edição #011 da CopyLetter vai sair na próxima quinta-feira à noite.
Para sugerir algum tema, basta me enviar uma mensagem no Insta: @imlucasantonio

Por dentro da minha mente 🧠

• 📖 Para ler: "Sem medo de investir em ações: Um manual para multiplicar seu dinheiro na Bolsa de Valores” 

  (Thiago Salomão & Renato Santiago)
  
  Estou muito feliz em poder compartilhar o livro dos meus amigos do Market Makers. Ontem (25/10), Salomão e Renatão fizeram o lançamento oficial na Livraria da Travessa, no Shopping Iguatemi, em São Paulo/SP.

  
  O livro mostra que qualquer um pode – e deve – investir na Bolsa, trazendo informações valiosas para quem quer começar do jeito certo na Renda Variável.
  
  Após a criação da comunidade mais amada do mercado financeiro e do Fundo de Ações que vem batendo o Ibovespa (com sobras), os polivalentes membros do Market Makers registraram neste livro tudo o que aprenderam, na prática, e também com os maiores gestores de fundos do mercado financeiro brasileiro. Garanta seu livro aqui.

• 🎧 O que estou ouvindo: Blink 182 - One More Time
  
  Acabou de sair do forno o primeiro disco do Blink após a volta do Tom DeLonge para banda. Ficou LINDO! As minhas faixas preferidas até agora, são essas: “Anthem Part 3", More Than You Know", “You Don't Know What You've Got” e “One More Time" que saiu com este clipe fod@.
  

• 📺 O que estou assistindo: Operação Fronteira com os comentários do Casimiro
  
  Para fugir do mundinho do marketing e copy, aqui esta a playlist com as duas temporadas da série “Operação Fronteira”, que mostra as apreensões da PRF na estrada. Muitas dessas apreensões são no meu 'Paranazão' véio de guerra. A série fica ainda melhor com os comentários do gênio Casimiro.

Indicações Sinceras ⭐️

Alquimia da Mente: Caras bonzinhos terminam por último?

Na escola, na vida amorosa, nos negócios… Afinal, o bonzinho sempre se fod#? Recomendo que leia as reflexões que o HC trouxe em sua última edição.

Laboratório do Ser: Mesmo que eu não saiba como, sim: uma conversa aberta sobre a dor do luto

A última edição da news da Andrea Felício é forte, profunda, me levou para um passado que há muito tempo não visitava. O texto dela chegou no momento certo, eu precisava relembrar as razões de estar aqui e de como quero passar meus momentos com as pessoas que prezo. Este texto foi escrito por alguém que tem coragem. Fiquei muito admirado.