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Estamos Presos em Nossos Próprios Vícios
📩 CopyLetter – Edição #048
Leia a CopyLetter #048 ouvindo:
Sugar Kane — “Todos Nós Vamos Morrer”
"Tudo que penso não tem mais valor,
Pois todos nós vamos morrer.
Porque aceitamos não evoluir,
Consumir se tornou meu prazer.
Sonhos descartáveis tentam me vender,
O mundo é uma liquidação.
Pra mim não importa o preço a pagar,
Parcelei minha destruição.
Diga adeus, pois esse é o fim!"
Hoje quero conversar com você sobre um tema que tem me intrigado ultimamente: o luxo de fazer menos e consumir apenas o essencial.
Não sei se é porque agora estou mais próximo dos 40 do que dos 30 anos, mas ando com menos paciência e energia para as notícias e coisas idiotas do dia a dia.
Em um mundo que nos pressiona constantemente a sermos "produtivos", eficientes e "antenados" 24 horas por dia…
Eu percebi que o verdadeiro privilégio hoje em dia é justamente o oposto:
É ter tempo para pensar, refletir e se desconectar do excesso de informação e estímulos.
E como já estou nessa "vibe" há algum tempo, parece que o universo conspira a favor e me traz cada vez mais assuntos relacionados a este tema.
Nesta semana pude ler dois textos interessantes:
O primeiro texto, "The luxury of doing less", onde o Justin Welsh argumenta que devemos resgatar nosso tempo e atenção das garras da produtividade tóxica.
Já o segundo, "This Habit Is Making You Miserable", do Ryan Holiday, alerta sobre os perigos de consumir notícias e redes sociais compulsivamente.
Combinados, eles trazem uma mensagem poderosa: menos pode ser mais.
Menos informação…
Menos tarefas…
Menos distrações…
E mais tempo para o que realmente importa.
Inclusive, eu mesmo decidi fazer um "detox digital", já estou há 21 dias sem entrar no Instagram e, acredite, não estou sentindo falta nenhuma.
Quando comento isso em algumas conversas, sempre ouço um:
”Quem me dera também poder fazer isso".
Preocupante, não?!
Principalmente para aqueles que SÓ CONSOMEM, não vivem de produzir conteúdo para fazer dinheiro online.
Em sua recente newsletter, Justin Welsh contou como desacelerar e fazer MENOS mudou a vida e carreira dele:
"Cinco anos atrás, eu achava que ficar uma hora em silêncio era perda de tempo. Hoje, considero esses momentos o maior luxo. Porque a gente vive em um mundo que lucra com nossa atenção e recompensa quem produz sem parar."
Ele percebeu que, ficando sempre ocupado, ele não conseguia produzir nada realmente foda.
Justin estava preso no modo "reativo", apagando incêndios e respondendo demandas, em vez de ser proativo e estratégico.
Alguma semelhança por aí?
Pois é…
Uma lição valiosíssima que aprendi ao longo do tempo foi: Não confunda movimento com progresso.
Não adianta lotar sua agenda ou seu Todoist com atividades que não te levam para a próxima fase, não te faz evoluir no seu negócio.
Ficar respondendo pessoas o tempo todo no WhatsApp NÃO vai destravar o seu faturamento — a não ser que você seja a pessoa do comercial da empresa, mas mesmo assim, você não vai falar com todo mundo, mas sim, com as pessoas CERTAS.
Às vezes, a gente precisa pegar mais leve, atrasar o jogo, assim como o Ganso faz no meio-campo, e de repente, soltar aquela assistência que ninguém esperava e te deixar na cara do gol.
(Sim, sou um São-Paulino que ainda sente falta do Ganso no time. Mas agora com o Oscar temos alguém com classe e elegância para pensar o jogo)
Assim como no futebol… correr por correr, sem saber para onde ir, é só um jeito burro de ficar cansado e não ter resultado nenhum!
Vai mais na boa, "pensa o jogo", e aí sim, foque no que realmente importa.
Spoiler: ficar o dia todo consumindo notícia e scrollando o feed não é um jeito inteligente. Uma coisa é entrar para se distrair. Outra é quando vira vício, a cada 1 hora está checando o que "mudou" por lá.
Eu mesmo tenho aplicado esse conceito no meu dia a dia.
Em vez de lotar minha agenda com reuniões e compromissos, tenho focado em blocos de tempo para trabalho focado e introspectivo.
É nesses momentos que consigo escrever campanhas, planejar lançamentos e ter ideias criativas — coisas que realmente movem o ponteiro nos meus projetos.
Claro, não é fácil ir contra a corrente e abraçar o "menos" em um mundo que grita "mais, mais, mais"…
… Mas os benefícios valem o esforço:
Mais clareza mental e foco
Mais energia e disposição
Mais espaço para criatividade e inovação
Mais conexão com o que realmente importa
No final das contas, a verdadeira riqueza não está em ter uma agenda lotada ou fazer mil coisas ao mesmo tempo.
Está em ter controle sobre seu tempo e atenção — para investir no que traz resultado e propósito.
E você?
Quando foi a última vez que você se deu esse "luxo" de desacelerar e fazer menos?
A Armadilha das Notícias e Redes Sociais
Além da pressão para sermos ultraprodutivos, tem outra coisa que anda roubando nossa paz de espírito: o consumo excessivo de notícias e redes sociais.
Vivemos grudados no celular, pulando de uma manchete para outra, de um post para outro, sem nem parar para respirar.
E o pior: sem parar pra PENSAR.
Foi exatamente sobre isso que li no texto "This Habit Is Making You Miserable", do Ryan Holiday. O autor alerta: esse hábito não apenas nos deixa infelizes, como também está nos enlouquecendo aos poucos.
Pense comigo:
Qual foi a última vez que você passou um dia inteiro sem checar notícias ou redes sociais?
Se a resposta for "nem lembro", cuidado!
Entenda: informação não é conhecimento.
Consumir notícias 24 horas por dia não vai te tornar uma pessoa mais inteligente ou informada.
Na verdade, vai te deixar mais ansioso, estressado e até manipulável.
É que o objetivo das notícias e redes sociais não é te informar. É prender sua atenção o máximo de tempo possível. E para isso, elas apelam para manchetes bombásticas, conteúdos chocantes e opiniões extremas.
Como diz o texto do Ryan Holiday:
"Não há quase nada nas notícias ou redes sociais que não seja intencionalmente projetado para te irritar e causar indignação. Está lá para te distrair. Para consumir sua atenção."
Detalhe: esse texto foi escrito por Ryan Holiday, o cara que soube como poucos controlar a mídia e revelou tudo em seu livro: "Acredite, Estou Mentindo"
Claro, não estou dizendo para você se isolar do mundo.
Mas que tal ser mais seletivo com o que consome?
Que tal priorizar fontes de informação mais profundas e menos sensacionalistas?
Algumas dicas que têm me ajudado:
Desativar notificações de apps de notícias e redes sociais…
Reservar horários específicos para checar essas plataformas (em vez de fazer isso o dia todo)…
Buscar análises mais aprofundadas em livros, artigos e podcasts de qualidade (evitando os conteúdos "fast-foods" feitos em poucos minutos com duração de segundos)…
E claro, conversar COM CALMA sobre assuntos importantes com pessoas que você respeita e que dominam o assunto que você quer saber mais.
(A prática vale mais do que a teoria do livro — skin in the game é fundamental)
Ainda sobre o texto "This Habit Is Making You Miserable (And Driving You Insane)", o Ryan Holiday traz uma reflexão muito interessante sobre como consumimos informação hoje em dia.
Ele diz que, se quisermos fazer uma diferença positiva no mundo (ou simplesmente manter nossa sanidade), precisamos dar um passo para trás e ser mais criteriosos sobre o que deixamos entrar em nossas mentes.
E aí vem a parte que eu achei sensacional: o Ryan sugere que, antes de consumir qualquer conteúdo, devemos nos perguntar:
"Isso ainda será relevante daqui a um dia?
Uma semana?
Um ano?
Cinco anos?"
Em outras palavras:
Qual é o "prazo de validade" dessa informação?
Ela é apenas mais um "barulho" passageiro ou algo que realmente importa no longo prazo?
Pense nas manchetes bombásticas…
Nos posts virais…
Nas últimas fofocas de celebridades.
Quanto tempo elas realmente duram antes de serem substituídas pela próxima "grande coisa"?
Agora pense nos clássicos da literatura, nas obras dos grandes filósofos, nas biografias de pessoas extraordinárias… Pois é!
Essas obras continuam relevantes e impactantes décadas, até séculos depois de terem sido escritas. É o teste do tempo.
E a maior parte do que consumimos hoje em dia simplesmente NÃO passa nesse teste.
Aqui está outro trecho que achei espetacular do texto do Ryan:
"Quando não estou me sentindo bem fisicamente – cansado, irritado, lento – geralmente é porque estou me alimentando mal.
Da mesma forma, quando me sinto mentalmente disperso e distraído – sei que é hora de limpar minha dieta de informação.
“Se deseja melhorar,” disse Epicteto, “fique satisfeito em parecer ignorante ou estúpido em assuntos irrelevantes.”
Além disso, ele citou vários exemplos de livros que o ajudaram a compreender melhor eventos atuais — desde a pandemia até a ascensão de demagogos — do que qualquer manchete ou post de rede social:
"Durante a pandemia, aprendi mais lendo The Great Influenza, de John M. Barry (sobre uma pandemia de 100 anos atrás), do que com qualquer resumo diário de notícias.
Minha compreensão sobre os demagogos do momento foi moldada não apenas pelas minhas leituras de história, mas também por ficção – recomendo fortemente All The King’s Men e It Can’t Happen Here.
Quer entender os EUA e a UE agora? Leia The Storm Before The Storm, de Mike Duncan, sobre Roma e os cem anos de disfunção política que precederam Júlio César. Quer entender o que aconteceu nos dias após a eleição de 2020? Leia Sallust sobre conspirações.
Quer entender como o sistema deveria funcionar? Leia os livros de Jeffrey Rosen e Tom Ricks sobre as influências filosóficas dos fundadores (The Pursuit of Happiness e First Principles)."
Ao escolhermos a ignorância deliberada do nonsense e do ruído, ganhamos a capacidade de priorizar e ver com clareza.
E hoje, um ano mais velho, e mais próximo dos 40 anos do que dos 30 anos…
Tenho cada vez MENOS paciência e menos energia para desperdiçar o meu tempo com o que realmente NÃO VAI mudar o ponteiro na minha vida.
Não estou dizendo para você se desconectar completamente do mundo atual.
Mas, como diz o Ryan:
Você não pode esperar manter seu rumo nestes tempos conturbados se sua compreensão do mundo depender principalmente das notícias diárias.
Você precisa estar enraizado em algo mais profundo!
Então, da próxima vez que você se pegar consumindo alguma informação, pare e pergunte a si mesmo:
Isso ainda será relevante daqui a um dia? Um ano? Ou uma década?
Pense!
That's it, my friend…
Até a próxima edição.
Peace ✌️
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