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Promessas na Era da IA: O Que Realmente Faz Seu Copy Vender

📩 CopyLetter – Edição #056

In partnership with

Viajando no vagão do ceticismo em algum lugar entre Bordeaux e Paris 🇫🇷 

Leia a CopyLetter #056 ouvindo:
Hereafter - “Soar”

Com a explosão da IA, qualquer um pode gerar promessas sedutoras em segundos

ChatGPT, Claude, Gemini... todos cospem headlines "matadoras" e promessas mirabolantes com um prompt básico.

Sabe o que isso significa?

Suas promessas NÃO valem mais nada.

Pense comigo: se em 2 minutos, qualquer um consegue gerar 50 variações de:

"Como ganhar R$10 mil em 30 dias"

O que separa o copy que vende do copy que morre ignorado?

Em resumo, duas coisas muito importantes:

1. Uma Big Idea sólida (não uma headline bonitinha)

2. Provas concretas que a IA "não consegue" inventar

E tem um teste visual ridiculamente simples que uso para saber se meu copy vai converter ou afundar.

Mas antes de revelar esse teste, preciso resolver um problema sério:

A maioria dos copywriters não faz ideia do que é uma Big Idea de verdade…

Então, vou começar a CopyLetter de hoje por esse importante pilar…

O Que Realmente É uma Big Idea?

Deixa eu te contar uma coisa que vai doer:

A grande maioria dos copywriters confunde Big Idea com headline criativa.

Acham que é só criar um título "diferentão" e pronto. Big Idea feita.

Errado.

Uma Big Idea não é uma headline. Não é um título criativo. Não é uma sacada publicitária.

Big Idea é a TESE da sua campanha.

Pensa numa tese de mestrado. Você tem uma ideia central que precisa defender, provar e sustentar durante toda a dissertação, certo?

É exatamente isso que fazemos com copy.

A Big Idea é o guarda-chuva que abriga todas as outras peças de copy.

Assim, eu posso explorar diferentes ângulos nos anúncios, mas quando a pessoa chega na página de vendas, no VSL, no lançamento...

…Todas essas peças se conversam porque estão amarradas numa grande ideia central.

Exemplo prático:

"Pai Rico, Pai Pobre"… a Big Idea NÃO é o título.

É a TESE de que existem dois tipos de educação financeira: a dos pobres (trabalhe duro, poupe) e a dos ricos (faça o dinheiro trabalhar para você).

Toda história, todo capítulo, todo exemplo do livro sustenta essa tese central.

Agora vem a parte que ninguém fala:

Às vezes, você NÃO precisa de uma Big Idea revolucionária.

Às vezes, você só precisa de timing.

O "Fim do Brasil" da Empiricus não era uma ideia nova. Era adaptação do "The End of America" da Agora Financial nos EUA.

Mas o timing?

Perfeito. 

  • Copa do Mundo no Brasil…

  • Crise política…

  • O Governo fazendo cagada atrás de cagada...

A Big Idea encontrou o momento certo. E quebrou todos os recordes de vendas da empresa até aquele momento.

Então, antes de se matar tentando criar a próxima Big Idea do século, pergunte:

  • Qual é minha tese central?

  • Consigo defender ela do início ao fim?

  • O timing está a meu favor?

Se a resposta for sim para as três, você tem uma Big Idea.

Se não, você tem só uma ideia interessante que vai morrer na praia em um mercado saturado e competitivo.

Os 13 Elementos de uma Big Idea Irresistível

Agora que você entende que Big Idea é uma tese, não uma headline bonitinha, vou compartilhar os elementos que separam uma Big Idea fraca de uma Big Idea milionária.

Já de antemão, eu te aviso:

Não… você não precisa ter todos os 13 elementos. Mas quanto mais elementos, mais forte será sua Big Idea.

Vamos lá:

1. Simples e fácil de entender

Se você precisar de PowerPoint para explicar, já morreu.

Gary Halbert vendia informação sobre brasões de família. Complexo? Ele simplificou: "Descubra se seu sobrenome tem um brasão real".

Pronto. Todo mundo entende em 2 segundos.

2. Foge do senso comum

Todos vendiam Rolls Royce falando de luxo e status.

David Ogilvy veio com:

"A 60 milhas por hora, o barulho mais alto vem do relógio elétrico".

Ângulo técnico quando todos falavam de emoção… Genial!

3. Um pouco obscura

"O Estranho Segredo dos Brasões de Família" do Halbert.

Por que "estranho segredo"?

Porque transforma uma pesquisa genealógica chata em mistério irresistível.

As pessoas morrem de curiosidade por segredos.

4. Única e diferente

Enquanto todo mundo vendia enciclopédias batendo de porta em porta nos anos 60, Joe Sugarman quebrou o paradigma:

Vendeu a primeira calculadora eletrônica por mala direta.

Ele percebeu que produtos inovadores precisavam de explicação detalhada — impossível numa conversa de 2 minutos na porta de casa.

Então, criou anúncios de página inteira explicando cada funcionalidade, cada benefício, cada razão para comprar.

Resultado?

» Vendeu mais de 100.000 calculadoras por correspondência quando ninguém imaginava que isso fosse possível.

A lição:

Quando todos fazem A, você faz Z.

Quando todos explicam pouco, você explica muito.

Quando todos vendem igual, você inventa um jeito completamente novo.

5. Urgente

"O Jeito Preguiçoso de Ficar Rico" do Joe Karbo usava muito "edições limitadas" para fazer as pessoas tomarem uma decisão rápida.

Eugene Schwartz sempre criava deadlines reais:

Fim de estoque, mudança de preço, alteração de lei.

Urgência real > urgência fabricada.

6. Tem provas

Claude Hopkins não escrevia uma linha sem evidência concreta.

Quando pegou a conta da cervejaria Schlitz (que estava em 5º lugar no mercado), todos os concorrentes falavam de "pureza" e "qualidade superior".

Hopkins fez diferente: Visitou a fábrica e documentou TODO o processo de purificação.

Garrafas esterilizadas com vapor vivo.
Água filtrada através de filtros de madeira branca.
Cada gota de cerveja resfriada em salas com ar filtrado.

O anúncio mostrava o PROCESSO inteiro — não somente prometia pureza, também PROVAVA pureza.

Com essa campanha, a Schlitz saiu do 5º lugar para o 1º em poucos meses.

A fórmula de Hopkins:

Promessa + Prova Detalhada + Processo Transparente = Conversão Inevitável.

7. É crível

"Eles Riram Quando Me Sentei ao Piano... Mas Quando Comecei a Tocar!"

Por que funciona? Porque todos já passaram por situação similar.

É crível, tangível, real.

Não promete que você será o próximo Mozart.

—> Promete que vai impressionar os amigos.

8. Fácil de colocar em prática

Charles Atlas: "Transforme-se de fracote em homem forte em 7 minutos por dia".

Não é 2 horas de academia. São 7 minutos. Qualquer um consegue.

9. Não exige experiência prévia

"IA que Já Fez R$2,4 Milhões Para Clientes Investe Seu Dinheiro no Piloto Automático" 

Essa IA remove TODAS as barreiras que impedem pessoas de investir.

Não precisa estudar o mercado → O robô já foi treinado

Não precisa acompanhar gráficos → Funciona no automático

Não precisa tomar decisões → A IA decide por você

Não precisa de experiência prévia → Qualquer um pode usar

Compare com as promessas tradicionais:

"Aprenda a investir em 30 dias" → Exige estudo

"Domine o mercado financeiro" → Exige tempo e dedicação

"Estratégias dos grandes investidores" → Exige expertise

O robô elimina tudo isso.

É como ter um motorista particular para seus investimentos. Você só entra no carro (deposita o dinheiro) e ele te leva ao destino (lucro).

Resultado:

Pessoas que JAMAIS investiriam por medo ou falta de conhecimento agora podem começar sem barreira nenhuma — mas você tem que provar que esse sistema funciona!

10. Tem depoimentos

Joe Sugarman não começava falando do produto. Começava com:

"Mais de 100.000 já foram vendidos..."

Por que isso funciona?

Porque elimina o maior medo do comprador:
"E se eu for o único trouxa que vai comprar isso?"

Mas Sugarman ia além. Ele quebrava os números:

"Mais de 100.000 vendidos"

"Mais de 50.000 clientes satisfeitos"

"Vendemos 1 a cada 3 minutos"

Já o Gary Halbert elevou isso a outro nível:

Fotografava pilhas reais de cartas de clientes.

Ou seja, não só falava de depoimentos, ele MOSTRAVA montanhas de papel.

Seu cérebro primitivo pensa assim, com esse “truque":

"Se 100.000 pessoas compraram, deve ser seguro para mim também."

Prova social > qualquer argumento lógico.

A fórmula: Números específicos + Evidência visual + Contexto temporal = Irresistibilidade total.

11. Atende os sonhos do público-alvo

"Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas" - Dale Carnegie

Não é sobre ser legal. É sobre PODER e INFLUÊNCIA.

Carnegie entendeu: as pessoas não querem ser boazinhas.

Querem ser poderosas.

12. Tem o timing certo

O "Fim do Brasil" da Empiricus não era uma ideia nova. Era adaptação do "The End of America" do grupo Agora Financial nos EUA.

Mas o timing foi perfeito.

Fique atento aos gatilhos temporais:

Mudanças de lei (nova regulamentação)

Crises econômicas (instabilidade no mercado)

Eventos sazonais (final do ano, início de dietas)

Tendências emergentes (explosão da IA, criptomoedas)

Timing é tudo.

13. É específica

"Como Fiz 2 Milhões de Dólares no Mercado de Ações" — Nicolas Darvas

Repara: Não é "fique rico" (vago). É EXATAMENTE quanto ele fez (2 milhões) e onde (mercado de ações).

Gary Halbert era mestre na especificidade:

Em vez de "método antigo", ele escrevia:

"Homem de Ohio descobre segredo de 347 anos enterrado nos arquivos da biblioteca municipal..."

Por que 347 anos? Por que não 350? Ou 300?

Porque números específicos soam reais. Números redondos soam inventados.

Teste rápido:

"Método testado há décadas" → Soa genérico

"Método testado há 23 anos" → Soa específico e real

Outros exemplos de Halbert:

"Segredo descoberto por acidente numa terça-feira, 15 de março..."

"Fórmula usada por exatos 247 milionários americanos..."

"Técnica que funciona em 89% dos casos (testada com 1.847 pessoas)..."

Quanto mais específico, mais crível. Quanto mais crível, mais vendas.

Além desses 13 elementos, você precisa ficar de olho em outro fator…

Um erro fatal que muitos copywriters iniciantes cometem e matam 90% das Big Ideas é o de tentar impressionar outros copywriters ao invés de vender para o público-alvo.

David Ogilvy dizia:

"Quando escrevo um anúncio, não quero que você me diga que achou 'criativo'. Quero que você o ache tão interessante que compre o produto."

Você não é seu público. Nunca esqueça isso.

E tem outra coisa...

"Pequenos benefícios críveis valem mais que grandes benefícios duvidosos"

Eu sei, eu sei… Você vai me dizer que tem um produto FODA e que entrega resultados INSANOS.

Mas vamos lá…

Se sua promessa é "boa demais" para ser verdade, o cérebro do prospect automaticamente pensa: "qual é o truque?"

Às vezes, você precisa prometer menos para vender mais.

Como Equilibrar Suas Promessas vs Provas
(Game-Changer na Era da IA)

Olha só, que irônico:

A IA democratizou a criação de promessas.

Qualquer um abre o ChatGPT e pede:

"Crie 10 headlines sobre ganhar dinheiro online".

Em 5 segundos você tem:

  • "Descubra o método secreto para R$10.000/mês"

  • "Como transformei R$100 em R$50.000"

  • "O segredo dos 6 dígitos que ninguém conta"

Lindo. Sedutor. E completamente inútil.

Sabe por quê?

Porque seu prospect também tem ChatGPT. E já viu essas promessas 500 vezes essa semana.

O que a IA não consegue criar? PROVAS REAIS.

E aqui entra a técnica mais simples e visual que uso:

O Teste do Marca-Texto

Pegue seu copy. Qualquer um. VSL, carta, e-mail, landing page.

Agora:

  • Sublinhe em AMARELO = toda Promessa que você faz.

  • Sublinhe em VERDE = toda Prova que você apresenta.

Terminou? Olhe seu texto.

• Se tem mais amarelo que verde, você está vendendo vento.

• Se tem mais verde que amarelo, talvez falte um pouco mais de “pimenta” no seu copy.

O ideal é um equilíbrio entre promessa e provas.

Para te ajudar com as provas, aqui vão algumas soluções…

Tipos de Provas que a IA Não Consegue Fabricar (ainda)

1. Screenshots reais de resultados

Não um "print" genérico. Um screenshot mostrando:

  • Data específica

  • Valores exatos

  • Plataforma reconhecível

  • Detalhes que só quem teve o resultado teria

2. Gráficos com fonte verificável

  • "Bitcoin subiu 500%" = promessa vazia.

  • "Bitcoin subiu 547%, entre março/2020 e novembro/2021, segundo dados da CoinMarketCap" + gráfico real = prova.

3. Depoimentos específicos com rosto e nome

  • IA consegue criar: "João ganhou muito dinheiro!"

  • IA não consegue criar (ainda) um depoimento real:
    "João Silva, dentista de Ribeirão Preto, faturou R$27.300 em 3 meses vendendo curso de harmonização facial depois de aplicar o método — veja o vídeo dele contando"

4. Demonstrações ao vivo

Gary Halbert costumava fazer isso: mostrava a carta que gerou US$1 milhão. Mostrava os cheques. Mostrava as caixas de pedidos.

Hoje? Compartilhe a tela. Mostre o dashboard. Abra o Google Analytics.

5. Estudos de caso detalhados

Não use apenas "cliente ganhou muito" com o nosso método.

Seja mais específico e real:

"Cliente entrou dia 15/03 investindo R$X, aplicou estratégia Y durante Z semanas, encontrou problema A, ajustamos para B, resultado final: R$ $$$ — aqui está o passo a passo"

6. Dados de mercado de fontes oficiais

IBGE, Banco Central, B3, SEC, institutos de pesquisa.

Qualquer um pode inventar estatística.

Mas citar fonte oficial com link? Isso é prova.

7. Histórico rastreável / Track-Record

  • Print de e-mail de 2018 prevendo algo que aconteceu em 2023.

  • Post antigo que prova que você estava falando disso antes de virar moda.

Claude Hopkins fazia isso com anúncios:

"Veja o que publiquei há 5 anos..."

Conseguiu entender a diferença de cada prova?

O problema do "Copy Moderno" é que todo mundo aprendeu a prometer, mas ninguém aprendeu a provar.

Por isso, pra te ajudar, aqui vão três soluções rápidas:

  1. Para cada promessa, adicione uma prova logo em seguida

  2. Use a regra 2:1: duas provas para cada promessa grande

  3. Transforme promessas em estudos de caso

Na era da IA, sua única vantagem competitiva são suas provas. Qualquer um copia sua promessa em 5 segundos…

…Mas seus resultados reais? Seus cases? Seus dados?

Isso é só seu. Use MUITO ao seu favor!

Espero que a edição de hoje te ajude a fazer mais dinheiro, sem cair na vala comum das promessas genéricas que estão em toda a internet agora.

Até a próxima edição, my friend.

Peace ✌️

[Estreia] Primeiro Clipe Oficial da minha banda autoral: SideShow Bob (SSB)

Acabou de sair do forno.

Depois de meses de produção, finalmente lançamos nosso primeiro videoclipe oficial em parceria com a VEVO — a mesma plataforma que distribui Foo Fighters, Red Hot Chili Peppers e Metallica.

Mas aqui está o detalhe que me deixa orgulhoso:

A masterização foi feita pelo Sam Pura, direto de San Francisco, Califórnia. O cara que já trabalhou com bandas que tocam no mundo inteiro.

Produção internacional para uma banda brasileira independente.

Agora, preciso de um favor:

» Clica no vídeo abaixo e:

✅ Deixa o joinha (ajuda o algoritmo a empurrar o clipe)
✅ Se inscreve no canal (ainda está crescendo)
✅ Comenta contando o que achou da música e do clipe

💡Por dentro da Caverna

🎧 O que estou ouvindo: SideShow Bob (SSB) - Além das Palavras

📺 O que estou assistindo: SideShow Bob (SSB) - Além das Palavras

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